quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Lá porque ando embaixo agora,
não me neguem vossa estima.
Que os alcatruzes da nora, quando chora
não andam sempre por cima.
Rir da gente ninguém pode, se o azar nos amofina,
pois se Deus não nos acode, não há roda que mais rode,
do que a roda da má sina.



Sabe-se lá quando a sorte é boa ou má,
sabe-se lá amanhã o que virá.
Breve desfaz-se uma vida honrada e boa,
ninguém sabe, quando nasce
pró que nasce uma pessoa.

Amália

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

                                 Carrego o mundo nas mãos (ou às costas) e pesa muito.
                 Todas as dores me doem, todas as dores de todas as pessoas me doem,
                                              e nem todas as alegrias me alegram.

                                                 A minha dor é um convento...
                                       E ninguém ouve...ninguém vê...ninguém
                                                           Florbela Espanca