quarta-feira, 21 de dezembro de 2011


Manhã de Dezembro, 4 Graus

-Vá, tira o cinto e vamos embora.
-Não consigo, tenho as mãos enferregeladas.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011


Do fim de semana:
Sendo que lutam a toda a hora e a todo o instante, diz um para o outro:
- Não me batas, que não gosto de violência.

A olhar para o mar de brinquedos:
- Nunca mais levo brinquedos para a escola, não tenho nada de jeito.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011


Vim de um arco-íris e escorreguei por dentro de uma gota de chuva.
O céu era azul e a terra amarela, e deles nasci.
Andei à cata de coisas e poisei num cacto do deserto.
De mar em mar, de lagarto em rã,
descobri esmeraldas e abri os olhos dos gatos.
Andei de gatas, rasteirinho, pela terra dos gafanhotos novos,
da salsa, das nabiças, da alface e da hortelã.
Fiz-me caldo verde.
Fui à mesa, escondido no vidro das garrafas.
Dei-me a cheirar nos manjericos.
Espreitei pelas persianas
e vi os carros passarem quando eu mandava.
Mostrei-me nas bandeiras. Subi às alturas na hera dos muros;
nos limos, nas algas, desci às funduras.
Viajei muito, colecciono tudo: penas de papagaio, berlindes,
ervilhas, trevos de quatro folhas, moedas desenterradas.
Umas vezes sou velho, outras vezes sou novo.
Tanto posso despontar de uma erva escondida,
como posso secar numa folha caída. 

segunda-feira, 7 de novembro de 2011


Umas vezes sou velha,
outras vezes sou nova.
Tanto posso despontar de uma erva escondida,
como posso secar numa folha caída.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011


 “Nothing in this world is certain, only change is”.

                                       Changing Saphira

quarta-feira, 19 de outubro de 2011


Nos tempos que correm até uma parvalhona como eu  pessoa que não percebe nada de
cozinha pode cozinhar, basta saber ler ou ter uma ligação à internet.
Por exemplo uma receita para fazer estes bolinhos muito lindos e fofos,
de seu nome Macaron (com pronúncia francesa) para não haver confusões
à la Leroy Merlin:

Escolha um dia fresco e seco para fazer estes bolinhos (juro, diz isto na receita).
55 grs. de clara de ovo (sim, que dizer quantos ovos são é muito subjectivo,
além de haver ovos M, L e XL,
em cada gama a proporção entre gema e clara pode ser diferente)
descansadas durante 3 dias sobre a bancada da cozinha (não é na mesa nem em mais lado nenhum,  é na bancada), (juro que diz isto na receita); 26 grs. de açucar comum;
51 grs. de farinha de amêndoa peneirada?!; 101 grs. de açucar em pó;
e 15 grs. de cacau puro apanhado no Concelho de Madalena em São Tomé.
(esta foi brincadeira, só esta. ahahahahah).
Quanto às instruções, vou pôr só as dignas de registo (se quiserem a receita completa,
procurem, que é o mesmo que eu faço:
Misture a farinha de amêndoa com o cacau em pó e o açucar em pó
para obter um pó fino?! (já não era tudo em pó?).
Passe a mistura por uma peneira e pese novamente (sim, porque as quantidades
têm que ser as que estavam acima e não as que sobram
depois de passar na peneira (ahahaha, juro).
Bata as claras em neve, mas não bata demais (quanto a mim encontro aqui uma falha, como assim não bata demais? Devia estar explícito quantos minutos à mão ou quantos minutos à máquina, não é?
Full speed ahead or what?) Como é que uma parvalhona como eu pessoa sabe?
Incorpore a farinha nas claras mexendo de cima para baixo(ahahah)
Não mexa demais nem de menos (outra falha, afinal, quanto mexo?)
Faça um teste para saber se está no ponto: coloque uma colherzinha de massa num pires
ou no canto da forma. Se a massa se espalhar levemente e ficar
totalmente lisa na parte do domo, sem aquela pontinha de suspiro, ela está no ponto.
Se o círculo de massa não ficar liso e a pontinha arrepiada típica de suspiros permanecer você vai precisar bater a mistura um pouco mais. A mistura estará no ponto de macarons quando o tomo de massa ficar lisinho depois de colocado na forma com uma colher ou com um saco de confeiteiro. Blá, blá, blá.
Leve ao forno por 10 minutos a 160º C. Tem que conhecer bem o seu forno para obter os melhores resultados pois o tempo de forno pode arruinar o resultado final. (mais uma falha: quanto tempo de relação é preciso para nos conhecermos bem? Já sem falar que conhecer bem é um bocado subjectivo.)

                                         Saphira Nigella Oliver Ramsay Calombaris


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ainda a conversa, e para desfazer o mal entendido:

Eu: Mas explica-me lá melhor p'ra que serveum saco de unhas africanas? (different aproach)
Ele: Não sei. (não sabe porque a onda dele é diferente da minha, já explico)
Eu: Não sabes?! Então ontem não estavas a dizer.........saco de unhas africanas?
Ele: Hã? Ó mãe, eu disse SAPO, SAPO de unhas africanas.

Está, portanto, explicado,  a criança não é doida de todo, eu é que percebi mal. Acontece que estivemos a ver uma enciclopédia de animais e o animal com que ele se identificou foi esse: um sapo de unhas africanas.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

As conversas ouvidas entre portas têm destas coisas:

Eu: Mas porque diabo queres ser uma caixa de unhas africanas?
Ele: Hã?
Eu: Ontem estavas a dizer que querias ser uma caixa de unhas africanas...
Ele: Ahh! NÃO, mãe!!!!!!! Eu disse que queria ser um SACO de unhas africanas.
Eu: Ah, ok.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

                                            A casa inteirinha p'ra arrumar e só penso nisto:









last but not least, este é que ia mesmo:



Conversa ouvida por entre portas:

Xavier: Ontem não me disseste o que é que queres ser quando fores grande...
Vicente: Tu também não.
X: Eu quero ser uma caixa de unhas africanas??!?!?!?!?!?!
Vicente: E eu quero ser um cavalo anão.


                                             Saphira OK


quinta-feira, 15 de setembro de 2011


Ontem à tarde:
Vicente: Mãe, tenho aqui 3 gafanhotos no bolso.
- Ah tens? Devem estar mortos.
- (pausa com a cabeça ao lado) Não, estão vivos.
- Mas pra quê? Coitados, eles querem estar na natureza.
- Mas eu quero ter animais pequenos vivos em casa.
Chegados a casa:
- Mãe, dá-me um frasco para pôr os gafanhotos.
Dou-lhe o frasco, abre o fecho do bolso e tira um a um,
não se mexem....
Vicente: Estão mortos! Pôe-lhe água para eles viverem.
Pus água, não viveram.
1/2 hora de choro desgostoso
e só se calou com a promessa de hoje levar 1 frasco
para a mudança cá p'ra casa.

terça-feira, 13 de setembro de 2011


A propósito do post anterior:
quando já sabemos "tudo" presumimos quase sempre
que os outros também sabem.
Daí termos a sensação de que todos sabem qual é o boneco quando
"estamos a olhar pró boneco"
ou onde é a Trinca quando temos uma coisa
"novinha da trinca".
Tantas vezes que vi na televisão e estranhei
que os meninos da "capital"
nunca viram uma galinha viva
e por essa razão pensam que o frango
é "fabricado" no supermercado.
Ora, os meus filhos já viram dezenas de galinhas,
à solta, em capoeiras e até no Zoo,
mas ainda não tinham ligado "o nome à pessoa":
estava na cozinha a tirar umas polpinhas de uma perna de frango,
o Xavier a observar de sobrolho franzido, pergunta:
- Ó mãe, o que é isso?
- É frango.
-Hum, e o que é frango?
- Como assim, o que é frango?
- É que isso tá-me a parecer algum tipo de animal.
- Então, e é! É uma galinha!
(pausa) eu pensei que ele já não ia querer.
- Ai, é?...Não sabia. Agora já sei.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011



Na fila do supermercado, o senhor à nossa frente está distraído. A funcionária chama-o à atenção para pôr o código do multibanco, ao que o senhor lhe responde:
- Desculpe estava a olhar para o boneco!
o Xavier olha em volta e pergunta-lhe:
- Qual boneco?!

Na praia a tirar do saco os brinquedos, uma amiga diz:
- Olha uma prancha novinha da trinca!
O Xavier responde:
- Ai não, não é da trinca é do Modelo!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011


A part of me

She is the song like river.
Her hair flows long, long time to the sea's opening.
She is (was?) (will be?)wide-eyed; open-mouthed; a lonesome heart.

She is the song like river.
Her notes carry far, take me far, and push me (up)
the mountain.

She is the song which whispers,
"Spring showers patter like a tiny child's heart."
She is breathless, fleeting, exquisite.

She is the song that started as it ought:
A tiny cluster, a blossom.
The song worked through her, and she let it let her go.
She glides downriver,
She sings from within,
I hear her.

The song remains.

She is the song...


                                              Mama Saphira since 1st September 1984

sexta-feira, 5 de agosto de 2011


                                                     What is this life if full of care
                                              We have no time to stand and stare?
                                              No time to stand beneath the boughs
                                              And stare as long as sheep, or cows.
                                             No time to see, when woods we pass,
                                            Where squirrels hide their nuts in grass.
                                               No time to see, in broad daylight,
                                            Streams full of stars, like skies at night.
                                               No time to turn at Beauty's glance,
                                         And watch her feet, how they can dance.
                                              No time to wait till her mouth can
                                               Enrich that smile her eyes began.
                                                 A poor life this, if full of care,
                                            We have no time to stand and stare.

                                            William Henry Davies 1871 - 1940

quarta-feira, 6 de julho de 2011


No dia em que perdi um dos meus filhos dentro da minha própria casa
 (o alívio foi tão grande quando o encontrei, que só por isso é que não o espanquei),
o meu Xavier diz-me: Mãe, o Sócrates é um ladrão,
e o meu Vicente diz-me: 
Mãe, sonhei que já eras muito velhinha
e estavas a deitar fora toda a tua roupa de nova.


terça-feira, 21 de junho de 2011

                                                                  Quero isto.



                                                        Ou será que quero isto?

quinta-feira, 9 de junho de 2011


                                              Hoje tinha tudo para ser um dia bom...
                                                          Esteve um dia bonito.
                                                    Não houve birras de manhã.
                                                       O pão estava mal cozido.
                                                           O trabalho deslizou.
                                                A ideia do fim de semana a pairar.
                                                      Os clientes estavam calmos.
                                                     Uma espera de 1 ano acabou.
                                                            Uma janela abriu-se.
                                                Outra espera de 10 meses acabou.
                                                                 Recebi flores.
                                                             Encontrei cromos.
                                  Ofereci coisas a pessoas que não as podem comprar.
                                                   Agradeceram com sinceridade.

                                                          Hoje FOI um dia bom.
                                                        Hoje foi um dia de sorte.
                                              Com sorte, amanhã também vai ser.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

1º passo para a alta eficácia

O senhor DHL que faz entregas no meu trabalho acha  que nasceu para dificultar a vida das outras pessoas,
dou-lhe o benefício da dúvida, não sei se é ele se é o chefe dele.
E com isso intimida-me, até tremo quando ele chega,
já sei que vai trazer um problema junto com a encomenda.
Hoje não, quer dizer, o problema veio mas,
hoje eu ouvi o que ele tinha para dizer e numa clara atitude de win-win,
disse-lhe que não, não era bem como ele dizia, mas se isso constituia um problema para ele,
eu resolveria. E resolvi.
Ganhámos os dois, eu já não tenho "medo" dele e ele já não tem que dar explicações ao chefe.
E já podia ter resolvido há muito tempo, ainda no quadrante II ( ahahah ).


Qual é o sentido da nossa vida a não ser torná-la menos difícil para nós e para os outros?
           - George Eliot -

(Não é por acaso que George Eliot é o pseudómino de uma mulher)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Esta mesa foi feita para o chá de bebé da Lili.
Todas as embalagens e respectivos conteúdos foram made by Saphira,
excepto as flores de origami.


Bolachas de alecrim e de chocolate e café.


Merengues de limão


Saquinhos de chá personalizados


Frasquinhos de compota personalizados


Sacos de pipocas no tema

Sandwiches c/ bandeirinhas de identificação


Chocolates e garrafas de água personalizadas com o tema

Cupcakes de vários sabores e feitios

Presentinhos para as convidadas: uma caixa
c/ 1 vela de cheiro e um lírio de origami.

Foi um dia muito bonito cheio de emoção e gargalhadas.


                                                   Saphira Party Planner



quarta-feira, 4 de maio de 2011


                                 Este foi um bolinho feito para a menina Maria.

                                       Mais um bauzinho para as mensagens,
                                           já que a Maria ainda não sabe ler,
                                                ficam para a posteridade.

                                           Os pacotinhos de pipoca


                                    Chocolates e palhinhas personalizados

                               Parecem brigadeiros, mas não são, são brisas.

                                     Queques de chocolate branco e framboesa

                                                             Tudo e tudo
                                                                                 Saphira made it all

quarta-feira, 27 de abril de 2011


- Mãe, quem é que fez nós?
- Hã?
- Quem é que fez nós?
- : |   uóti?
- Quem é que fez a nossa família?
Ah, já sei, foi um paleontólogo.
(Olé, mesmo assim, pa-le-on-tó-lo-go)
disse ele sem hesitar.
E eu, para não fazer figuras, fui googlar, o que disse
o meu filho de 5 anos.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

As crianças de hoje ou como a geração de 2006 já conhece o direito à manifestação.

Xavier: Mãe, se gritares outra vez, vou pedir aos meus amigos
 para esperarem por ti à porta da ??Pizzaria?? com um papel
preso num pauzinho a dizer a mãe do Xavier é má.

                     Saphira...sem palavras

segunda-feira, 14 de março de 2011


              Ainda me faltava mostrar esta pérola que é a menina redonda Princesa.
        Como os anteriores foi a Célia que fez com muito amor (um beijinho, Célia, ainda não
                                          consegui tirar a foto dos meninos todos juntos).


                             Os pormenores são preciosos e personalizadíssimos, mesmo.
                                           E ainda tenho mais dois para mostrar.

                                         O Vicente com um ataque de tosse do pior.
                  Xavier: Mãe, podes pregar um susto ao Vicente p'ra ele parar de tossir?

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011


                                                   O que é que eu digo sobre isto?
                                         É a minha menina redonda, ou melhor, sou eu.
                                     Mas sou mesmo, em tudo, ah........., menos na saia,
                                 o que não quer dizer que não a adore, a menina e a saia.
                         Mais uma vez agradeço à Célia pelo trabalho maravilhoso que faz.

                                                         E o pormenor? Estão a ver?


                                                    Tenho 4 meninos no colo.
                               Sim, já sei, para A que se melindra, a culpa não é minha,
                                         a língua portuguesa é mais dada ao masculino.

                                                                                     Saphira Redonda
                                                                  (ahahah, fugiu-me a boca pá verdade)